O simples uso de uma droga psicoativa para recreação (ou seja, uma substância que altera percepções e reações do usuário) não se configura como um transtorno, apesar de poder causar problemas (exemplo, alguém batendo o carro bêbado ou com pior desempenho no trabalhando após usar maconha). Todavia o uso frequente, indiscriminado, que leva à perda de controle, é o que chamamos de dependência química. Podemos ter sinais indiretos dessa condição: problemas de ordem física (como a necessidade de usar doses cada vez maiores para o mesmo efeito, mal estares ao não usar a droga, ou condições médicas secundárias ao uso), ou de ordem social (reclamações de conhecidos ou familiares, piora de performance no trabalho, perda de outros interesses).

O tratamento consiste em mudar o ambiente da pessoa para que ela possa ficar livre de drogas, e que restabeleça o seu autocontrole. Ou seja, o indivíduo consiga identificar os gatilho para o uso, consiga fazer escolhas que o afastem de droga, faça atividades prazerosas enquanto sóbrio. Além disso, medicações podem ser usadas para o fim de diminuir a quantidade de uso. Internação (“rehab”) pode ser útil, mas como última opção, caso haja uma condição física grave, ou mesmo risco à vida se o uso for mantido.

